Introdução

Este curso foi desenvolvido no âmbito do projeto “Fostering Entrepreneurship and Innovation in Cultural and Creative Industries through Interdisciplinary Education” (FENICE) com o apoio do Programa Erasmus+ da União Europeia.

Este curso foi concebido para estudantes de 1º ciclo/Licenciatura e 2º Ciclo/Mestrado em Gestão e Economia (G&E) que desejem melhorar os seus conhecimentos, habilidades e competências, no sentido de seguirem uma carreira no âmbito das Indústrias Culturais e Criativas (ICC).

O curso é interdisciplinar e reúne tópicos e temas relacionados com as artes, património, cultura, tecnologia de informação, media e estudos de negócios, o que permite corresponder ao perfil variado, inovador e socialmente valioso das ICC.

As ICC são orientadas para o conteúdo, conhecimento e tecnologia e, como tal, são, por definição, um objeto de investigação e educação interdisciplinar. As ICC combinam a criação (muitas vezes por artistas ou designers), produção (muitas vezes por empresas) e distribuição (muitas vezes por multinacionais) de bens e serviços de natureza cultural, e que de um modo geral são protegidos por direitos de propriedade intelectual (DPI). Aumentar a literacia e as competências nas ICC dos/as estudantes e licenciados/as em gestão, dotará o setor de profissionais que podem liderar e contribuir para o funcionamento viável e sustentável não só das próprias ICC, mas também de muitos outros setores relacionados com a economia da experiência, como como o turismo e a hospitalidade. 

Objetivos do curso

Este curso tem como objetivo oferecer uma introdução multifacetada à operação de empresas das ICC para os/as estudantes de Gestão e Economia e discutir as questões práticas e teóricas que os empreendedores/as culturais, profissionais e formuladores de políticas enfrentam. Baseia-se numa abordagem interdisciplinar de forma a mostrar o modo como a criatividade e a cultura podem ser comercializadas de forma sustentável e dar vida a empresas viáveis e inovadoras.

Nesse sentido, os objetivos do curso são:

  • Sensibilizar os/as estudantes para as especificidades das ICC e para o seu potencial de negócio;
  • Desenvolver uma visão holística das questões que impactam essas indústrias;
  • Equipar os/as estudantes com habilidades de gestão específicas que são relevantes para as ICC;
  • Tornar os/as estudantes de Gestão e Economia cientes e capazes de cooperar com os/as estudantes de Artes e Humanidades em situações reais no âmbito das ICC, ou seja, tonando-os capazes de trabalhar em equipas interdisciplinares.

Metodologias de ensino

Ao considerar as estratégias/metodologias de ensino-aprendizagem, a abordagem principal desta unidade curricular é a aprendizagem experiencial. Nesse sentido, esta unidade curricular utiliza diferentes métodos de ensino, aprendizagem e avaliação, de acordo com as necessidades dos/as estudantes e os objetivos de aprendizagem. As metodologias de ensino foram projetadas para impulsionar o trabalho autónomo, sem deixar de respeitar a diversidade e as necessidades dos/as estudantes, o que viabiliza o surgimento de caminhos de aprendizagem flexíveis.

Este curso visa promover um ambiente de aprendizagem ativo, comprovadamente eficaz no desenvolvimento de habilidades cognitivas de alto nível. Por estarem envolvidos/as num processo de aprendizagem ativo e participativo, potenciado pela integração das tecnologias digitais, os/as estudantes intervêm diretamente na construção do conhecimento, questionando-a e cocriando-a. Ao contrário das abordagens convencionais, geralmente passivas e unidirecionais, os/as estudantes tornam-se o centro do processo de aprendizagem e o/a docente assume o papel de mediador/a.

Resultados de aprendizagem

Ao concluírem o curso, os/as estudantes devem ser capazes de:

  • Explicar a evolução, a lógica e o papel das ICC como motores de crescimento e inovação a nível local e regional, na Europa e no mundo;
  • Aplicar conceitos relacionados com as ICC, principalmente ao analisar e avaliar casos reis;
  • Interpretar as principais características da economia das ICC, os desafios que estas indústrias enfrentam (tecnológicos, legais, económicos, entre outros), e as políticas adotadas para enfrentar esses desafios;
  • Desenvolver modelos de negócios para empreendimentos de negócios criativos, incluindo planeamento estratégico para iniciativas de empreendedorismo, métodos inovadores para geração de fundos, gestão de stakeholders e desenvolvimento de parcerias, estruturas de governança de empresas criativas, etc.;
  • Discutir o processo de inovação nas ICC como um processo aberto, interativo, colaborativo e interdisciplinar, em oposição aos modelos tradicionais de inovação na ciência;
  • Identificar novas oportunidades no âmbito dos problemas sociais e de negócios e desenvolver soluções de negócio, ao mesmo tempo em que se asseguram fontes de receita que contribuam para a sua sustentabilidade financeira; e
  • Justificar a necessidade de as empresas demonstrarem responsabilidade, através da medição regular do desempenho e do respetivo impacto.

 

Além disso, o curso incentiva a implementação do European Entrepreneurship Competence Framework (EntreComp)[1]. As competências são apresentadas por área, havendo referência caso sejam melhoradas (quando são efetivamente desenvolvidas no âmbito dos conteúdos previstos para a unidade curricular) e/ou avaliadas (quando passíveis de serem objeto de avaliação); e referência às duas unidades de conteúdo propostas no âmbito desta unidade curricular – Unidade 1: Compreender o Empreendedorismo nas ICC; e Unidade 2: Prática Empreendedora - Conceção de um projeto empresarial nas ICC – que são detalhados na secção IV deste programa.

 

[1] http://europa.eu/!kR69Tb

Conteúdos do curso

Os conteúdos do curso referem-se, principalmente, às seguintes considerações e fundamentos acerca das ICC:

  • A compreensão e entendimento mútuos entre a criatividade artística e a economia/gestão, para a fiabilidade e viabilidade económica do produto/projeto nas ICC, é imprescindível. Profissionais com ambos os tipos de perfis precisam de estar cientes da necessidade de desenvolver e empregar habilidades para o trabalho em equipa e para a cooperação;
  • O desenvolvimento do processo criativo é diferente da sua transferência para terceiros, portanto, cada participante do curso é obrigado a frequentar uma disciplina empresarial (para ver se pode ser implementada na forma de diagramas específicos para cada disciplina artística);
  • A principal característica da economia criativa é a transformação do valor artístico em valor económico; assim, todas as caraterísticas que valorizam um produto artístico terão que ser rentabilizadas economicamente (no sentido de gerar negócios): singularidade, não padronização como impossibilidade de reprodução, processo tecnológico, reconhecimento, direitos autorais, etc.; ou seja, a compreensão do produto artístico em relação ao mercado é fundamental;
  • A criatividade deve ser a principal ferramenta e competência para trabalhar nas ICC. Geralmente percebida como uma habilidade natural, a criatividade individual usada no trabalho em equipa é capaz de acelerar o ritmo evolutivo das ideias, quando usada no trabalho baseado em projetos. No desenvolvimento de projetos para as ICC, qualquer tipo de criatividade pode ser um diferencial de valor agregado num mercado competitivo – pensar fora da caixa, evitar clichês, adaptação permanente às realidades contemporâneas, independente da sua natureza (cultural, económica, tecnológica);
  • Numa equipa de projeto nas ICC, todos os membros são/devem ser criativos, embora apenas aqueles com formação artística (A&H) sejam criadores, do ponto de vista das competências profissionais em tecnologia de transposição artística. Os criadores são motivados pelo contexto cultural e criativo contemporâneo, pela exposição mediática do produto final dos projetos e, obviamente, pelos benefícios económicos das atividades das ICC. A fiabilidade, a viabilidade económica e o sucesso potencial do produto da equipa nas ICC podem ser garantidos ou avaliados positivamente apenas por meio da experiência económica e de gestão fornecida pelos membros da equipa com antecedentes no campo da economia. Definitivamente, o contexto cultural deve ser avaliado constantemente em conjunto com a equipa, tanto por artistas, quanto por especialistas em economia/gestão das ICC. No seio das equipas, é preciso, também, ter um certo nível de compreensão – o acesso a outra subjetividade/criatividade artística versus viabilidade económica – e deve-se procurar sempre um equilíbrio para o desenvolvimento duradouro do projeto;
  • Os principais stakeholders Orientais geralmente definem políticas culturais influenciadas pela latência, protocronismo e tradicionalismo reacionário. No entanto, existem algumas exceções: instituições culturais que são financiadas através de projetos de competição das ICC, stakeholders privados com visões contemporâneas sobre as ICC, galerias jovens, centros culturais/artísticos, galerias independentes, empresas privadas/organizações culturais não governamentais, autoridades locais interessadas em novas visões culturais para suas cidades/regiões. Os stakeholders das políticas culturais são convencionais (dirigidas pelo Estado, institucionalmente ou financiadas) ou alternativos (galerias jovens/independentes, escritórios de arquitetura/design privados, festivais culturais independentes, media, galerias, cinema, design, multimédia, etc.);
  • O Teste da Realidade – mesmo antes da pandemia, era óbvio que o financiamento das ICC está cada vez mais ligado a alguns grandes temas: melhoria da qualidade de vida, (especialmente no ambiente urbano), ecologia, reciclagem, envolvimento na geração de soluções para os problemas sociais, preservação e restauração do património cultural. Arte pela arte não é mais uma opção de financiamento público. A exposição nos media é essencial para qualquer atividade/projeto nas ICC, através de plataformas sociais, da World Wide Web, de publicações online, etc.;
  • Envolvimento em atividades sociais de educação, como oficinas criativas e educação criativa para jovens. Mesmo num ambiente tecnológico, são opções económicas de valor que agregam a criatividade, a originalidade e a criação artística inserida no processo produtivo e no produto final.

 

Os conteúdos do curso estão divididos em duas grandes unidades temáticas, com objetivos de aprendizagem e resultados de aprendizagem específicos.

Unidade 1 Objetivo de aprendizagem e Resultado

Unidade 1: Compreender o Empreendedorismo nas ICC

(Visão geral de conceitos e programa)

Objetivo específico de aprendizagem:

- Permitir que os/as estudantes compreendam as ICC, a sua conetividade, inovação e potencial de inovação social, enquanto estão concentrados em abordagens de ciência aberta, questões regulatórias e éticas, bem como abordagens de trabalho inovadoras, participativas e interdisciplinares relevantes para as ICC.

Resultados de aprendizagem específicos:

Além dos objetivos genéricos do curso, a Unidade 1 permitirá aos/às estudantes:

  • Compreender as ICC e a sua posição na sociedade e na economia;
  • Diferenciar os tipos de projetos das ICC;
  • Distinguir funções das equipas das ICC e seus canais de comunicação;
  • Interpretar a ética relacionada com o trabalho e com os produtos das ICC;
  • Identificar stakeholders relacionados com políticas culturais;
  • Identificar as implicações económicas das políticas culturais;
  • Interpretar questões relativas à propriedade intelectual nas ICC;
  • Analisar a importância de técnicas contemporâneas de transposição digital, tecnologias para produtos, projetos e atividades das ICC;
  • Promover as atividades, produtos e projetos das ICC através de canais de comunicação gratuitos (custos e uso).

Unidade 2 Objetivo de aprendizagem e Resultado

Unidade 2: Prática empreendedora – Conceção de um projeto empresarial nas ICC

(Uma jornada através das diferentes etapas no desenvolvimento de um Plano de Negócios)

Objetivo específico de aprendizagem:

- Permitir que os/as estudantes compreendam a natureza específica dos negócios nas ICC e as especificidades de gestão associadas que podem torná-los viáveis como atividades económicas, enquanto se concentram na cooperação, cocriação e interdisciplinaridade, ao mesmo tempo que usam o planeamento de negócios como uma ferramenta pedagógica.

Resultados de aprendizagem específicos:

Além dos objetivos gerais do curso, a Unidade 2 permitirá aos/às estudantes:

  • Gerar e/ou identificar uma ideia de negócio nas ICC;
  • Aplicar factos, teorias e conceitos de diferentes disciplinas/áreas do conhecimento de forma adequada na formulação de soluções para problemas empresariais;
  • Distinguir relacionamentos entre vários componentes de negócios e o seu ambiente;
  • Selecione os recursos materiais, não materiais e digitais relevantes necessários para transformar ideias em ação;
  • Planear atividades de criação de valor que podem ser financeiramente sustentáveis ao longo do tempo;
  • Colaborar no desenvolvimento de ideias de negócio para as ICC, nomeadamente com artistas e profissionais da cultura;
  • Trabalhar com modelos em escala, artefactos e projetos em andamento através da exposição em medias/plataformas sociais e vários sítios eletrónicos (isto também pode incluir o teste de modelos em escala ou em tamanho real em ambientes urbanos ou outros);
  • Documentar exaustivamente as atividades artísticas como parte do processo de pesquisa artística e recolher dados como experiências de ciência aberta.

Lista geral de leituras

  • The Museum of Broken Relationships – Modern Love in 203 everyday objects, by Olinka Vištica and Dražen Grubišić, ed. by Weidenfeld & Nicolson, 2017, Great Britain, ISBN (hardback) 978 1 4746 0549 6.
  • Luc Long & Mark Dion, Carnet de fouilles & Lab Book, ed. by Actes Sud & Musée Departamental  Arles Antique / Luc Long, Carnet de fouilles, Sous la direction de David Djaoui, Actes Sud & Musée Departamental  Arles Antique.
  • David Usborne, Foreword by Thomas Heatherwick, Objectivity, Thames & Hudson, London, UK, 2010.
  • Jonathan D. Lippincott, Large Scale – Fabricating Sculpture in the 1960s and 1970s, Princeton Architectural Press, New York, 2012.
  • Douglas Gunn, Roy Luckett & Josh Sims, Vintage Menswear – A Collection from The Vintage Showroom, 2017, Laurence King Publishing Ltd, London, UK.
  • Douglas Gunn & Roy Luckett, The Vintage Showroom – An Archive of Menswear, 2015, Laurence King Publishing Ltd, London, UK.
  • Contributors, Author Collective,  60.  /  Innovators shaping our creative future, Thames & Hudson Ltd,  2009, London, UK
  • Neil Spiller & Nic Clear, Educating Architects: How tomorrow's practitioners will learn today, Thames & Hudson,  London, UK, 2014
  • Tristan Manco, Big Art Small Art, Thames & Hudson, London, UK, 2014
  • Rian Hughes, Ideas can be Dangerous, ed. by Fiell
  • Inna Alesina, Ellen Lupton, Exploring Materials – Creative Design for Everyday Objects, Princeton Architectural Press, New York, Maryland Institute College of Art, Baltimore,  New York, 2010.
  • Klanten, Robert, Schulze, Floyd, SARAH ILLENBERGER, published by Gestalten, Berlin, 2011, ISBN 978-3-89955-385-7.
  • Llewellyn, Nigel, Williamson, Beth, + contributors,  THE LONDON ART SCHOOLS: REFORMING THE ART WORLD, 1960 TO NOW, Tate Publishing, 2015, ISBN 978 1 84976 296 0.
  • McLellan, Todd, THINGS COME APART – A Teardown manual for modern living, ed. by Thames & Hudson, London, 2013, ISBN 978-0-500-51676-8.
  • Mia, Mini Miss, Yip, Penter, BAG DESIGN – A handbook for accessories designers, ed. by Fashionary International Ltd., 2016, ISBN 978-988-77108-0-6.
  • Müller, Bernard, Snoep, Jacomijn Nanette, VOUDOU/VOODOO – The Arbogast Collection, ed. by Éditions Loco/Marc Arbogast, Strasbourg, 2013, ISBN 978-2-919507-16-0.
  • Sudjic, Deyan, THE LANGUAGE OF THINGS – Understanding the world of desirable objects, ed. by W. W. Norton & Company, New York, 2009, ISBN 978-0-393-07081-1.
  • Abisuga-Oyekunle, O. A. & Fillis, I. R. (2017), The role of handicraft micro-enterprises as a catalyst for youth employment. Creative Industries Journal, 10:1, 59-74, DOI: 10.1080/17510694.2016.1247628
  • Aquino, E., Phillips, R., and Sung, H. (2012). Tourism, culture, and the creative industries: Reviving distressed neighbourhoods with arts-based community tourism. Tourism, Culture & Communication, 12(1), 5–18.
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  • Duxbury, N., Albino, S., & Carvalho, C. (orgs.) (2021), Creative Tourism: Cultural Resources, Entrepreneurship and Engaging Creative Travellers [forthcoming]. CAB International.
  • Duxbury, N. & Bakas, F.E. (2020). "Creative Tourism: A Humanistic Paradigm in Practice". In Shaping a humanistic perspective for the tourism industry, edited by Ernestina Giudici; Maria
  • Della Lucia; Daniela Pettinao. Book II, chapter 7,Italy: Routledge.
  • Finch, B. (2013). How to Write a Business Plan. Kogan Page
  • Flew, T. (2012). The Creative Industries. Culture and Policy. Sage.
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  • Gouvea, R., Kapelianis, D., Montoya, M-J. R. & Vora, G. (2020). The creative economy, innovation and entrepreneurship: an empirical examination, Creative Industries Journal, DOI: 10.1080/17510694.2020.1744215
  • Kerrigan, S., McIntyre, P., Fulton, J. & Meany, M. (2020). The systemic relationship between creative failure and creative success in the creative industries, Creative Industries Journal, 13:1, 2-16, DOI: 10.1080/17510694.2019.1624134
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  • Osterwalder, A. & Pigneur, Y. (2010). Business Model Generation: A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers. John Wiley & Sons
  • Richards, G. (2020). Designing creative places: The role of creative tourism. Annals of Tourism Research, 85.
  • Richards, G. (2010). Increasing the attractiveness of places through cultural resources. Tourism, Culture & Communication, 10, 47–58.
  • Cerneviciute, Jurate & Strazdas, Rolandas. (2018). Teamwork management in Creative industries: factors influencing productivity. Entrepreneurship and Sustainability Issues. 6. 503-516
  • Dümcke, C (2015). New Business Models in the Cultural and Creative Sectors (CCSs). 
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BG

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  • Кабаков, И. (2017), Интегрирано управление на културата, София: УИ „Св. Клиемтн Охридски“, ISBN 9789540743127
  • Колева, П.Г. (2013), Иновационните практики като фактор за стратегическо развитие на организации в сектор „Култура“, София: Интеркултута Консулт
  • Стоянов, И. (2018), Място на творческите индустрии в областните стратегии за развитие — проблеми и възможности, Велико Търново: ВТУ „Св.Св. Кирил и Методйй“, Годишник на департамент „Администрация и управление”, т. 3
  • Борисова, В. (2017), Бизнес с интелектуална собственост в творческите индустрии, София:УНСС, ISBN 9786192320034
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  • Проект „Дигитална култура за регионално сближаване“, https://www.digital-culture.eu/bg
  • Дракър, П. (2010), Практика на мениджмънта, София: Класика и стил, ISBN 9549964167
  • Дракър, П. (2002), Ефективното управление, София: Класика и стил, ISBN 9549964167
  • Ламиман, Ж. (2003). Успешната иновация, София: Класика и стил
  • Бърд, Д (2012), Директен и дигитален маркетинг на здравия разум, София: Locus, ISBN 9789547831841
  • Тотева, М (2019), Функции на дигитализацията при комуникация 4.0, Сп. „Реторика и комуникации“, брой 39
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PT

  • AICEP (2020). Guia de apoio às Indústrias Culturais e Criativas [brief information on the available finantial programmes and support mechanisms]. Available at: https://portugalglobal.pt/PT/ComprarPortugal/Fileiras/industrias-culturais-criativas/Paginas/industrias-culturais-criativas.aspx
  • Amaral, N. (2019). Impacto: como comunicar em público. Arena Editora
  • Carvalho, J. M. (2016). Inovação e Empreendedorismo (2ª ed). Vida económica
  • Duxbury, N., Fortuna, C., Bandeirinha, J. A. & Peixoto, P. (2012). Em torno da cidade criativa. Revista Crítica de Ciências Sociais, 99, pp. 5-8
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SR

  • Milena Dragićević Šešić, Sanjin Dragojević (2005). Menadžment umetnosti u turbulentnim okolnostima. ISBN: 953-222-282-0
  • Dragićević-Šešić, M. (2012) Ethical dilemmas in cultural policies: conceptualising new managerial practices in new democracies. Zbornik radova Fakulteta dramskih umetnosti, str. 69-94
  • Dimitrije Vujadinović (2005). Umetnost i autosko pravo. ISBN: 978-86-84159-25-9

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