Curso 4: Gestão e Empreendedorismo nas Indústrias Culturais e Criativas. Programa curricular para profissionais em Gestão e Economia (B&E) (C3-AH-PRO-PT)

Description

Programa curricular para profissionais em Gestão e Economia (G&E)

Curso 4: Gestão e Empreendedorismo nas Indústrias Culturais e Criativas

CC - Attribution-NonCommercial-ShareAlike
Introdução

Este curso foi desenvolvido no âmbito do projeto “Fostering Entrepreneurship and Innovation in Cultural and Creative Industries through Interdisciplinary Education” (FENICE) com o apoio do Programa Erasmus+ da União Europeia.  

Este curso foi concebido para estudantes de 1º ciclo/Licenciatura e 2º Ciclo/Mestrado em Gestão e Economia (G&E) que desejem melhorar os seus conhecimentos, habilidades e competências, no sentido de seguirem uma carreira no âmbito das Indústrias Culturais e Criativas (ICC). O seu  público alvo reside não só nas pessoas empregadas na administração das organizações culturais, como também para aquelas que atuam no desenvolvimento da economia da experiência, os profissionais envolvidos na gestão de eventos, turismo experiencial, administrações municipais e públicas. Em termos mais gerais, o curso foi concebido para os chamados "intrapreneurs" que desejam desenvolver e sustentar projetos nas ICC.

O curso é interdisciplinar e reúne tópicos e temas relacionados com as artes, património, cultura, tecnologia de informação, media e estudos de negócios, o que permite corresponder ao perfil variado, inovador e socialmente valioso das ICC.

As ICC são orientadas para o conteúdo, conhecimento e tecnologia e, como tal, são, por definição, um objeto de investigação e educação interdisciplinar. As ICC combinam a criação (muitas vezes por artistas ou designers), produção (muitas vezes por empresas) e distribuição (muitas vezes por multinacionais) de bens e serviços de natureza cultural, e que de um modo geral são protegidos por direitos de propriedade intelectual (DPI).

Aumentar a literacia e as competências nas ICC dos/as estudantes e licenciados/as em gestão, dotará o setor de profissionais que podem liderar e contribuir para o funcionamento viável e sustentável não só das próprias ICC, mas também de muitos outros setores relacionados com a economia da experiência, como como o turismo e a hospitalidade. 

Objetivos do curso

Este curso tem como objetivo oferecer uma introdução multifacetada à operação de empresas das ICC para os/as estudantes de Gestão e Economia e discutir as questões práticas e teóricas que os empreendedores/as culturais, profissionais e formuladores de políticas enfrentam. Baseia-se numa abordagem interdisciplinar de forma a mostrar o modo como a criatividade e a cultura podem ser comercializadas de forma sustentável e dar vida a empresas viáveis e inovadoras.

Nesse sentido, os objetivos do curso são:

  • Desenvolver uma visão holística das questões que afectam as ICC;
  • Desenvolver conhecimentos acerca de empresas e da gestão das inovações no contexto das ICC;
  • Desenvolver um conjunto de competências, conhecimentos, ferramentas e práticas que permitam aos futuros gestores e empresários das ICC trabalhar em equipas multidisciplinares e tornarem-se agentes de mudança social e de inovação;
  • Promover a cooperação eficiente e o trabalho conjunto entre os profissionais com formação artística e não artística nas empresas das ICC.
Metodologias de ensino

Ao considerar as estratégias/metodologias de ensino-aprendizagem, a abordagem principal desta unidade curricular é a aprendizagem experiencial. Nesse sentido, esta unidade curricular utiliza diferentes métodos de ensino, aprendizagem e avaliação, de acordo com as necessidades dos/as estudantes e os objetivos de aprendizagem. As metodologias de ensino foram projetadas para impulsionar o trabalho autónomo, sem deixar de respeitar a diversidade e as necessidades dos/as alunos/as, o que viabiliza o surgimento de caminhos de aprendizagem flexíveis.

Este curso visa promover um ambiente de aprendizagem ativo, comprovadamente eficaz no desenvolvimento de habilidades cognitivas de alto nível. Por estarem envolvidos/as num processo de aprendizagem ativo e participativo, potenciado pela integração das tecnologias digitais, os/as estudantes intervêm diretamente na construção do conhecimento, questionando-a e cocriando-a. Ao contrário das abordagens convencionais, geralmente passivas e unidirecionais, os/as estudantes tornam-se o centro do processo de aprendizagem e o/a formador(a)/professor(a) assume o papel de mediador/a.

Resultados de aprendizagem

Ao concluírem o curso, os/as estudantes devem ser capazes de:

  • Interpretar as principais características da economia das ICC, os desafios que estas indústrias enfrentam (tecnológicos, legais, económicos, entre outros), e as políticas adotadas para enfrentar esses desafios;
  • Desenvolver modelos de negócios para empreendimentos de negócios criativos, incluindo planeamento estratégico para iniciativas de empreendedorismo, métodos inovadores para geração de fundos, gestão de stakeholders e desenvolvimento de parcerias, estruturas de governança de empresas criativas, etc.;
  • Discutir o processo de inovação nas ICC como um processo aberto, interativo, colaborativo e interdisciplinar;
  • Identificar novas oportunidades no âmbito dos problemas sociais e de negócios e desenvolver soluções de negócio, ao mesmo tempo em que se asseguram fontes de receita que contribuam para a sua sustentabilidade financeira;
  • Trabalhar em equipas interdisciplinares nas ICC.

 

Além disso, o curso incentiva a implementação do European Entrepreneurship Competence Framework (EntreComp)[1]. As competências são apresentadas por área, havendo referência caso sejam melhoradas (quando são efetivamente desenvolvidas no âmbito dos conteúdos previstos para a unidade curricular) e/ou avaliadas (quando passíveis de serem objeto de avaliação); e referência às duas unidades de conteúdo propostas no âmbito desta unidade curricular – Unidade 1: Compreender o Empreendedorismo nas ICC; e Unidade 2: Prática Empreendedora - Conceção de um projeto empresarial nas ICC – que são detalhados na secção IV deste programa.

 

[1] http://europa.eu/!kR69Tb

Conteúdos do curso

Os conteúdos do curso referem-se, principalmente, às seguintes considerações e fundamentos acerca das ICC:

  • A compreensão e entendimento mútuos entre a criatividade artística e a economia/gestão, para a fiabilidade e viabilidade económica do produto/projeto nas ICC, é imprescindível. Profissionais com ambos os tipos de perfis precisam de estar cientes da necessidade de desenvolver e empregar habilidades para o trabalho em equipa e para a cooperação;
  • O desenvolvimento do processo criativo é diferente da sua transferência para terceiros, portanto, cada participante do curso é obrigado a frequentar uma disciplina empresarial (para ver se pode ser implementada na forma de diagramas específicos para cada disciplina artística);
  • A principal característica da economia criativa é a transformação do valor artístico em valor económico; assim, todas as caraterísticas que valorizam um produto artístico terão que ser rentabilizadas economicamente (no sentido de gerar negócios): singularidade, não padronização como impossibilidade de reprodução, processo tecnológico, reconhecimento, direitos autorais, etc.; ou seja, a compreensão do produto artístico em relação ao mercado é fundamental;
  • A criatividade deve ser a principal ferramenta e competência para trabalhar nas ICC. Geralmente percebida como uma habilidade natural, a criatividade individual usada no trabalho em equipa é capaz de acelerar o ritmo evolutivo das ideias, quando usada no trabalho baseado em projetos. No desenvolvimento de projetos para as ICC, qualquer tipo de criatividade pode ser um diferencial de valor agregado num mercado competitivo – pensar fora da caixa, evitar clichês, adaptação permanente às realidades contemporâneas, independente da sua natureza (cultural, económica, tecnológica);
  • Numa equipa de projeto nas ICC, todos os membros são/devem ser criativos, embora apenas aqueles com formação artística (A&H) sejam criadores, do ponto de vista das competências profissionais em tecnologia de transposição artística. Os criadores são motivados pelo contexto cultural e criativo contemporâneo, pela exposição mediática do produto final dos projetos e, obviamente, pelos benefícios económicos das atividades das ICC. A fiabilidade, a viabilidade económica e o sucesso potencial do produto da equipa nas ICC podem ser garantidos ou avaliados positivamente apenas por meio da experiência económica e de gestão fornecida pelos membros da equipa com antecedentes no campo da economia. Definitivamente, o contexto cultural deve ser avaliado constantemente em conjunto com a equipa, tanto por artistas, quanto por especialistas em economia/gestão das ICC. No seio das equipas, é preciso, também, ter um certo nível de compreensão – o acesso a outra subjetividade/criatividade artística versus viabilidade económica – e deve-se procurar sempre um equilíbrio para o desenvolvimento duradouro do projeto;
  • Os principais stakeholders Orientais geralmente definem políticas culturais influenciadas pela latência, protocronismo e tradicionalismo reacionário. No entanto, existem algumas exceções: instituições culturais que são financiadas através de projetos de competição das ICC, stakeholders privados com visões contemporâneas sobre as ICC, galerias jovens, centros culturais/artísticos, galerias independentes, empresas privadas/organizações culturais não governamentais, autoridades locais interessadas em novas visões culturais para suas cidades/regiões. Os stakeholders das políticas culturais são convencionais (dirigidas pelo Estado, institucionalmente ou financiadas) ou alternativos (galerias jovens/independentes, escritórios de arquitetura/design privados, festivais culturais independentes, media, galerias, cinema, design, multimédia, etc.);
  • O Teste da Realidade – mesmo antes da pandemia, era óbvio que o financiamento das ICC está cada vez mais ligado a alguns grandes temas: melhoria da qualidade de vida, (especialmente no ambiente urbano), ecologia, reciclagem, envolvimento na geração de soluções para os problemas sociais, preservação e restauração do património cultural. Arte pela arte não é mais uma opção de financiamento público. A exposição nos media é essencial para qualquer atividade/projeto nas ICC, através de plataformas sociais, da World Wide Web, de publicações online, etc.;
  • Envolvimento em atividades sociais de educação, como oficinas criativas e educação criativa para jovens. Mesmo num ambiente tecnológico, são opções económicas de valor que agregam a criatividade, a originalidade e a criação artística inserida no processo produtivo e no produto final;
  • As ICC contemporâneas desafiam as atividades tradicionais de B&E, explorando a oportunidade de criar valor acrescentado, sem investimentos significativos no início ou durante as atividades da nova equipa/empresa. A única solução é mobilizar a criatividade individual, as competências tecnológicas digitais e analógicas e a perícia em B&E.

 

Os conteúdos do curso estão divididos em duas grandes unidades temáticas, com objetivos de aprendizagem e resultados de aprendizagem específicos.

Unidade 1 Objetivo de aprendizagem e Resultado

Unidade 1: Compreender o Empreendedorismo nas ICC

Objetivo específico de aprendizagem:

- Permitir que os/as estudantes compreendam as ICC, a sua conetividade, inovação e potencial de inovação social, enquanto estão concentrados em abordagens de ciência aberta, questões regulatórias e éticas, bem como abordagens de trabalho inovadoras, participativas e interdisciplinares relevantes para as ICC.

Resultados de aprendizagem específicos:

Além dos objetivos gerais do curso, a Unidade 1 permitirá aos/às estudantes:

  • Discernir os principais intervenientes relacionados com as políticas culturais;
  • Identificar as implicações económicas das políticas culturais;
  • Diferenciar os tipos de projetos das ICC;
  • Distinguir funções das equipas das ICC e seus canais de comunicação;
  • Interpretar a ética e os direitos de propriedade intelectual relacionados com o trabalho e os produtos das ICC;
  • Analisar a importância de técnicas contemporâneas de transposição digital, tecnologias para produtos, projetos e atividades das ICC.
Unidade 2 Objetivo de aprendizagem e Resultado

Unidade 2: Prática empreendedora – Conceção de um projeto empresarial nas ICC

Objetivo específico de aprendizagem:

- Permitir que os/as estudantes compreendam a natureza específica dos negócios nas ICC e as especificidades de gestão associadas que podem torná-los viáveis como atividades económicas, enquanto se concentram na cooperação, cocriação e interdisciplinaridade.

Resultados de aprendizagem específicos:

Além dos objetivos gerais do curso, a Unidade 2 permitirá aos/às estudantes:

  • Gerar e/ou identificar uma ideia de negócio nas ICC;
  • Aplicar factos, teorias e conceitos de diferentes disciplinas/áreas do conhecimento de forma adequada na formulação de soluções para problemas empresariais;
  • Selecionar os recursos materiais, não materiais e digitais relevantes necessários para transformar ideias em ação;
  • Planear atividades de criação de valor que podem ser financeiramente sustentáveis ao longo do tempo;
  • Colaborar no desenvolvimento de ideias de negócio para as ICC, nomeadamente com artistas e profissionais da cultura.
Lista geral de leituras
  • The Museum of Broken Relationships – Modern Love in 203 everyday objects, by Olinka Vištica and Dražen Grubišić, ed. by Weidenfeld & Nicolson, 2017, Great Britain, ISBN (hardback) 978 1 4746 0549 6.
  • Luc Long & Mark Dion, Carnet de fouilles & Lab Book, ed. by Actes Sud & Musée Departamental  Arles Antique / Luc Long, Carnet de fouilles, Sous la direction de David Djaoui, Actes Sud & Musée Departamental  Arles Antique.
  • David Usborne, Foreword by Thomas Heatherwick, Objectivity, Thames & Hudson, London, UK, 2010.
  • Jonathan D. Lippincott, Large Scale – Fabricating Sculpture in the 1960s and 1970s, Princeton Architectural Press, New York, 2012.
  • Douglas Gunn, Roy Luckett & Josh Sims, Vintage Menswear – A Collection from The Vintage Showroom, 2017, Laurence King Publishing Ltd, London, UK.
  • Douglas Gunn & Roy Luckett, The Vintage Showroom – An Archive of Menswear, 2015, Laurence King Publishing Ltd, London, UK.
  • Contributors, Author Collective,  60.  /  Innovators shaping our creative future, Thames & Hudson Ltd,  2009, London, UK
  • Neil Spiller & Nic Clear, Educating Architects: How tomorrow's practitioners will learn today, Thames & Hudson,  London, UK, 2014
  • Tristan Manco, Big Art Small Art, Thames & Hudson, London, UK, 2014
  • Rian Hughes, Ideas can be Dangerous, ed. by Fiell
  • Inna Alesina, Ellen Lupton, Exploring Materials – Creative Design for Everyday Objects, Princeton Architectural Press, New York, Maryland Institute College of Art, Baltimore,  New York, 2010.
  • Klanten, Robert, Schulze, Floyd, SARAH ILLENBERGER, published by Gestalten, Berlin, 2011, ISBN 978-3-89955-385-7.
  • Llewellyn, Nigel, Williamson, Beth, + contributors,  THE LONDON ART SCHOOLS: REFORMING THE ART WORLD, 1960 TO NOW, Tate Publishing, 2015, ISBN 978 1 84976 296 0.
  • McLellan, Todd, THINGS COME APART – A Teardown manual for modern living, ed. by Thames & Hudson, London, 2013, ISBN 978-0-500-51676-8.
  • Mia, Mini Miss, Yip, Penter, BAG DESIGN – A handbook for accessories designers, ed. by Fashionary International Ltd., 2016, ISBN 978-988-77108-0-6.
  • Müller, Bernard, Snoep, Jacomijn Nanette, VOUDOU/VOODOO – The Arbogast Collection, ed. by Éditions Loco/Marc Arbogast, Strasbourg, 2013, ISBN 978-2-919507-16-0.
  • Sudjic, Deyan, THE LANGUAGE OF THINGS – Understanding the world of desirable objects, ed. by W. W. Norton & Company, New York, 2009, ISBN 978-0-393-07081-1.
  • Abisuga-Oyekunle, O. A. & Fillis, I. R. (2017), The role of handicraft micro-enterprises as a catalyst for youth employment. Creative Industries Journal, 10:1, 59-74, DOI: 10.1080/17510694.2016.1247628
  • Aquino, E., Phillips, R., and Sung, H. (2012). Tourism, culture, and the creative industries: Reviving distressed neighbourhoods with arts-based community tourism. Tourism, Culture & Communication, 12(1), 5–18.
  • Bakas, F.E., Duxbury, N. & De Castro, V.T. (2018). ‘Creative tourism: Catalysing artisan entrepreneur networks in rural Portugal.’ International Journal of Entrepreneurial Behaviour & Research 24 (4), pp.731-752, https://doi.org/10.1108/IJEBR-03-2018-0177.
  • Banaji, S., Burn, A. & Buckingham, D. (2010). The rhetorics of creativity: a literature review. Creativity, Culture & Education.
  • Belfiore, E. (2002). Art as a means of alleviating social exclusion: does it really work? A critique of instrumental cultural policies and social impact in the UK. International Journal of Cultural Policy, 8(1), pp. 91-106.
  • Bessant, J. & Tidd, J. (2015). Innovation and entrepreneurship (3rd ed). Wiley
  • Burry, Mark & Burry, Jane, Prototyping for Architects, Thames & Hudson Ltd., London, 2016
  • ClydeBan Business (2016). Business Plan QuickStart Guide: The Simplified Beginner’s Guide to Writing a Business Plan. ClydeBan Media
  • Colette, H. (2009). Women and the creative industries: exploring the popular appeal. Creative Industries Journal, 2:2, 143-160, DOI: 10.1386/cij.2.2.143/1
  • De Beukelaer, C. & O’Connor, J. (2017). The Creative Economy and the Development Agenda: The Use and Abuse of ‘Fast Policy’. In Polly Stupples & Katerina Teaiwa (eds.), Contemporary Perspectives on Art and International Development (pp. 27-47). Routledge.
  • Duxbury, N., Albino, S., & Carvalho, C. (orgs.) (2021), Creative Tourism: Cultural Resources, Entrepreneurship and Engaging Creative Travellers [forthcoming]. CAB International.
  • Duxbury, N. & Bakas, F.E. (2020). "Creative Tourism: A Humanistic Paradigm in Practice". In Shaping a humanistic perspective for the tourism industry, edited by Ernestina Giudici; Maria
  • Della Lucia; Daniela Pettinao. Book II, chapter 7,Italy: Routledge.
  • Finch, B. (2013). How to Write a Business Plan. Kogan Page
  • Flew, T. (2012). The Creative Industries. Culture and Policy. Sage.
  • Florida, R. (2002). The rise of the creative class... and how it’s transforming work, leisure, community and everyday life. Basic Books
  • Gouvea, R., Kapelianis, D., Montoya, M-J. R. & Vora, G. (2020). The creative economy, innovation and entrepreneurship: an empirical examination, Creative Industries Journal, DOI: 10.1080/17510694.2020.1744215
  • Kerrigan, S., McIntyre, P., Fulton, J. & Meany, M. (2020). The systemic relationship between creative failure and creative success in the creative industries, Creative Industries Journal, 13:1, 2-16, DOI: 10.1080/17510694.2019.1624134
  • Lee-Ross, D. & Lashley, C. (2009). Entrepreneurship and Small Business Management in the Hospitality Industry. Elsevier
  • Noyes E., Allen, I. E. & Parise, S. (2012). Innovation and entrepreneurial behaviour in the Popular Music industry. Creative Industries Journal, 5:1-2, 139-150, DOI: 10.1386/cij.5.1-2.139_1
  • Osterwalder, A. & Pigneur, Y. (2010). Business Model Generation: A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers. John Wiley & Sons
  • Richards, G. (2020). Designing creative places: The role of creative tourism. Annals of Tourism Research, 85.
  • Richards, G. (2010). Increasing the attractiveness of places through cultural resources. Tourism, Culture & Communication, 10, 47–58.
  • Cerneviciute, Jurate & Strazdas, Rolandas. (2018). Teamwork management in Creative industries: factors influencing productivity. Entrepreneurship and Sustainability Issues. 6. 503-516
  • Dümcke, C (2015). New Business Models in the Cultural and Creative Sectors (CCSs). 
    European Expert Network on Culture
  • Koleva, P. (2021), Cross-sectoral cooperation and innovation within Creative and Cultural Industries – practices, opportunities and policies within the area of the Northern Dimension Partnership on Culture, Northern Dimension Partnership on Culture (NDPC)

 

BG

  • Министерство на културата на Република България (2019), Стратегия за развитие на българскиата култура (2019-2029), Проект
  • Кабаков, И. (2004), Мениджмънт и правна инфраструктура на културата, София: Сиела, ISBN 9549064298
  • Кабаков, И. (2017), Интегрирано управление на културата, София: УИ „Св. Клиемтн Охридски“, ISBN 9789540743127
  • Колева, П.Г. (2013), Иновационните практики като фактор за стратегическо развитие на организации в сектор „Култура“, София: Интеркултута Консулт
  • Стоянов, И. (2018), Място на творческите индустрии в областните стратегии за развитие — проблеми и възможности, Велико Търново: ВТУ „Св.Св. Кирил и Методйй“, Годишник на департамент „Администрация и управление”, т. 3
  • Борисова, В. (2017), Бизнес с интелектуална собственост в творческите индустрии, София:УНСС, ISBN 9786192320034
  • Наръчник „Ролята на местните власти за насърчаване на креативните индустрии“ (2016), София: Фондация „Каузи“
  • Проект „Дигитална култура за регионално сближаване“, https://www.digital-culture.eu/bg
  • Дракър, П. (2010), Практика на мениджмънта, София: Класика и стил, ISBN 9549964167
  • Дракър, П. (2002), Ефективното управление, София: Класика и стил, ISBN 9549964167
  • Ламиман, Ж. (2003). Успешната иновация, София: Класика и стил
  • Бърд, Д (2012), Директен и дигитален маркетинг на здравия разум, София: Locus, ISBN 9789547831841
  • Тотева, М (2019), Функции на дигитализацията при комуникация 4.0, Сп. „Реторика и комуникации“, брой 39
  • Тодоров, П., (2008), Промени в пазара на електронните медии в условията на цифровизация, електронно издание „Медии и обществени комуникации“, бр. 1, декември

 

PT

  • AICEP (2020). Guia de apoio às Indústrias Culturais e Criativas [brief information on the available finantial programmes and support mechanisms]. Available at: https://portugalglobal.pt/PT/ComprarPortugal/Fileiras/industrias-culturais-criativas/Paginas/industrias-culturais-criativas.aspx
  • Amaral, N. (2019). Impacto: como comunicar em público. Arena Editora
  • Carvalho, J. M. (2016). Inovação e Empreendedorismo (2ª ed). Vida económica
  • Duxbury, N., Fortuna, C., Bandeirinha, J. A. & Peixoto, P. (2012). Em torno da cidade criativa. Revista Crítica de Ciências Sociais, 99, pp. 5-8
  • Faustino, P. (2014). Indústrias Criativas, Media e Clusters. Media XXI. ISBN: 9789897290572
  • Fundação Serralves (2008). Estudo Macroeconómico para o desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na região do Norte. Porto: Fundação Serralves.
  • Mateus, A. (Coord.) (2010). O Sector cultural e Criativo em Portugal. Estudo para o Ministério da Cultura. Augusto Mateus & Associados.
  • Mateus, A. (Coord.) (2013). A cultura e a criatividade na internacionalização da economia portuguesa. Estudo para o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais da Secretaria de Estado da Cultura. Augusto Mateus & Associados.
  • Quintela, P. & Ferreira, C. (2018). Indústrias culturais e criativas em Portugal: um balanço crítico de uma nova ‘agenda’ para as políticas públicas no início deste milénio. Revista Todas as Artes, 1(1), pp. 89-111, DOI: 10.21747/21843805/tav1n1a6
  • Saraiva, J. M. (2015). Empreendedorismo. Do conceito à aplicação, da ideia ao negócio, da tecnologia ao valor (3ª ed). Imprensa da Universidade
  • Sarkar, S. (2014). Empreendedorismo e Inovação (3ª ed). Escolar Editora.

 

SR

  • Milena Dragićević Šešić, Sanjin Dragojević (2005). Menadžment umetnosti u turbulentnim okolnostima. ISBN: 953-222-282-0
  • Dragićević-Šešić, M. (2012) Ethical dilemmas in cultural policies: conceptualising new managerial practices in new democracies. Zbornik radova Fakulteta dramskih umetnosti, str. 69-94
  • Dimitrije Vujadinović (2005). Umetnost i autosko pravo. ISBN: 978-86-84159-25-9

 

GR

  • Κορρές, Γ., (2015). Επιχειρηματικότητα και ανάπτυξη. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/693
  • Κόκκινου, Α., 2015. Ευρωπαϊκές επιχειρήσεις και καινοτομική επιχειρηματικότητα. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/1331 
  • Λαλούμης, Δ., (2015). Διοίκηση ανθρώπινου δυναμικού τουριστικών επιχειρήσεων. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/5295
  • Λαλούμης, Δ., (2015). Διοίκηση τουριστικών επιχειρήσεων. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/5283
  • Παιτσίνης Κώστα, Γ., Υφαντίδου, Γ., 2015. Η ανάπτυξη του αθλητικού τουρισμού. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/4256
  • ΤΣΩΛΗΣ, Δ., (2016). Προστασία και Διαχείριση της Πνευματικής Ιδιοκτησίας Ψηφιακού Περιεχομένου στο Διαδίκτυο και τα Σύγχρονα Δίκτυα. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/6482
  • Δημούλας, Χ., (2015). Τεχνολογίες συγγραφής και διαχείρισης πολυμέσων. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/4343

Units

Unidade 1 - Temas:

  • T1.1: Políticas e Colaborações Intersetoriais nas ICC.
  • T1.2: Criatividade, inovação e conteúdo cultural. Responsabilidade e comportamento ético.
  • T1.3: Novos media, tecnologias criativas e ambiente digital. Marketing Digital.

O tema apresenta as ICC como setores interdisciplinares com elevado potencial de absorção de conhecimentos, que também prosperam a partir dos recursos e património locais. A ênfase é colocada na contribuição para o crescimento económico, criação de emprego e receitas de exportação, promovendo simultaneamente a inclusão social, diversidade cultural e desenvolvimento humano, especialmente a nível local e regional.

Além disso, é fornecida uma visão das políticas culturais, dos aspectos institucionais, administrativos e operacionais das políticas culturais, bem como dos objetivos e dos antecedentes sociais que influenciam as políticas culturais. Quem são os intervenientes que criam as políticas culturais e a quem pertencem as políticas culturais? Canais para a realização de mudanças. Implicações económicas das políticas culturais.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

 

Dentro deste tema, é discutida a natureza do processo criativo, bem como a criação e gestão de equipas criativas, incluindo a atribuição e definição dos papéis a serem desempenhados dentro delas. No âmbito deste tema, são apresentados e discutidos tipos de equipas para diferentes áreas das ICC (produção de filmes, jogos, produção de eventos, etc.), incluindo uma apresentação de vocações particulares que que compõem o núcleo de uma equipa das ICC. Além disso, serão discutidos os tipos de projetos das ICC, com especial atenção para a distinção entre papéis artísticos, técnicos e de gestão nesses projetos.

Também é dada atenção à responsabilidade e ao comportamento ético, tanto no que diz respeito aos quadros jurídicos, como também às normas não formalizadas de trabalho de campo. Métodos de promoção da inovação na área da cultura também são considerados.

Especial atenção é dada à responsabilidade e ao comportamento ético em termos de Responsabilidade Social Corporativa, liderança ética, direitos humanos e direitos e deveres dos trabalhadores. As questões de propriedade intelectual nas ICC serão abordadas através de exemplos relacionados com desenhos, direitos de autor e direitos relacionados com os direitos de autor (para artistas, produtores e organismos de radiodifusão). 

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

Este tema descreve os conceitos básicos de novos media e tecnologias criativas, os principais canais e formatos de entrega, bem como o alcance de mercado potencial das ICC.

As tecnologias criativas são vitais para as ICC contemporâneas, qualquer que seja o formato do produto final – imagens, filme, aplicações de smartphone, software, etc. – ou material/evidência física – artefato, objeto, produto de design, obra de arte. Digitalização 3D e impressão 3D são a nova normalidade, que pode sempre preencher a lacuna entre artefato, objeto, dados e formato da informação, especialmente no contexto de viabilidade económica/comercial. Qualquer coisa pode ser convertida num corpo de dados com acesso instantâneo a quaisquer canais de media e geralmente isso acompanha e duplica até mesmo o formato analógico de entrega.

Nas artes visuais contemporâneas, quase tudo acontece no ambiente digital (sem falar na restrição da pandemia de COVID-19, que só acentuou esta situação). A galeria física e as obras ainda existem, mas quase 90% das informações/dados são gerados e circulam em algum tipo de meio digital. Uma escultura ou qualquer outro artefato/produto de design pode ser vendido e enviado via internet para o outro lado do mundo, onde ocorre a sua impressão em 3D de acordo com suas especificações técnicas – está-se, assim, perante uma entrega de formato duplo.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

Unidade 2 - Temas:

  • T2.1: Modelos de negócio e gestão. Gestão da mudança.
  • T2.2: Financiamento. Oportunidades e riscos.

 

Este tema apresenta uma visão geral do processo de gestão numa empresa, tendo em conta as especificidades das empresas nas ICC. Os principais elementos de planeamento, organização, pessoal, liderança e controlo devem ser revistos e considerados com exemplos práticos. O foco é colocado na gestão das equipas no que diz respeito à cocriação e cooperação entre profissionais com formação artística e não artística. Neste contexto, a gestão de conflitos é também considerada. Com exceção das empresas públicas, muitas empresas nas ICC são unipessoais ou microempresas, o que as incentiva a associarem-se e trabalhar em equipas numa base ad hoc, o que torna a gestão de equipas uma tarefa ainda mais importante que exige determinadas habilidades. Quando os agentes das ICC operam como microempresas e profissionais independentes, as colaborações informais e o trabalho em rede desempenham um papel fundamental para a viabilidade.  Iniciar uma empresa ou projeto pode ser simples, mas a insuficiência de força económica e financeira desafia a sobrevivência, especialmente em condições económicas desfavoráveis. Por conseguinte, a adaptabilidade, a criatividade e a livre difusão digital de ideias/serviços são potenciais soluções a longo prazo para as atividades das ICC. Neste sentido, este tema considera a questão da gestão da mudança, no que diz respeito à mudança de equipas, mas também no que diz respeito ao ambiente de rápidas mudanças em que operam as ICC definido pela digitalização e globalização.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

A sustentabilidade financeira é a chave para qualquer negócio. No entanto, o acesso ao financiamento é um desafio maior para as empresas e negócios nas ICC devido à natureza intangível dos seus ativos, às especificidades do seu nicho de comercialização e à insuficiente sensibilização das instituições financeiras a este respeito. No entanto, novos desenvolvimentos no ambiente empresarial moderno criaram oportunidades que podem ser particularmente úteis para as ICC. Assim, neste tema é dado especial destaque às principais fontes de financiamento atuais e futuras dos empreendimentos das ICC, nos diferentes tipos de financiamento que podem ser utilizados, bem como o risco de negócio associado. Novas formas de geração de financiamento com base em projetos e startups – como crowdfunding e financiamento de vários doadores – devem ser consideradas em detalhes. O tema considera os diferentes tipos de instrumentos de financiamento relativos à fase de desenvolvimento de um novo negócio, bem como os riscos e oportunidades que lhe estão associados. Ligações relevantes para todos os outros temas do curso devem ser estabelecidas no que diz respeito, em particular, à dicotomia entre a figura do proprietário do conteúdo e a partilha de conteúdo em acesso livre.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

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