Curso 3: Gestão e Empreendedorismo nas Indústrias Culturais e Criativas. Programa curricular para profissionais de Artes e Humanidades (A&H) (C3-AH-PRO-PT)

Description

Programa curricular para profissionais em Artes e Humanidades (A&H)

Curso 3: Gestão e Empreendedorismo nas Indústrias Culturais e Criativas

CC - Attribution-NonCommercial-ShareAlike
Introdução

Este curso foi desenvolvido no âmbito do projeto “Fostering Entrepreneurship and Innovation in Cultural and Creative Industries through Interdisciplinary Education” (FENICE) com o apoio do Programa Erasmus+ da União Europeia.

Este curso foi concebido para estudantes de 1º ciclo/Licenciatura e 2º Ciclo/Mestrado em Artes e Humanidades (A&H) que desejem trabalhar por conta própria ou gerir equipas criativas no decurso das suas carreiras. Num contexto mais amplo, o curso poderá ser útil para qualquer artista e futuro artista, pelo facto de proporcionar uma compreensão abrangente das práticas empresariais e de gestão que definem os negócios criativos e culturais modernos. Como tal, o seu objetivo geral é desenvolver as principais competências necessárias para o sucesso de uma carreira no âmbito das Indústrias Culturais e Criativas (ICC) e maximizar o impacto das atividades criativas.

O curso é interdisciplinar e apresenta a teoria e a prática do empreendedorismo e da gestão, através da combinação de atividades de aprendizagem orientada e experiencial.

As ICC são orientadas para o conteúdo, conhecimento e tecnologia e, como tal, são, por definição, um objeto de investigação e de educação interdisciplinar. As ICC combinam a criação (muitas vezes por artistas ou designers), produção (muitas vezes por empresas) e distribuição (muitas vezes por multinacionais) de bens e serviços de natureza cultural e geralmente protegidos por direitos de propriedade intelectual.

O desenvolvimento das competências de empreendedorismo e de gestão dos/as estudantes e licenciados/as em Artes e Humanidades proporcionará profissionais atenciosos, inovadores e autossustentáveis às ICC que, por sua vez, poderão liderar e contribuir para o funcionamento viável e sustentável da economia criativa.

Objetivos do curso

Este curso tem como objetivo oferecer uma visão multifacetada sobre o funcionamento das empresas das ICC para os/as estudantes de Artes e Humanidades e discutir as questões práticas e teóricas que enfrentam os profissionais e empreendedores criativos e culturais. Baseia-se numa abordagem interdisciplinar de forma a mostrar o modo como a criatividade e a cultura podem ser comercializadas de forma sustentável e dar vida a empresas viáveis e inovadoras.

Neste sentido, os objetivos do curso são:

  • Melhorar as aptidões e competências empresariais e de gestão que são relevantes para as ICC;
  • Desenvolver a capacidade dos estagiários em formar e trabalhar em equipas culturais e criativas, solidamente ancoradas em realidades económicas e contextos culturais atualizados;
  • Familiarizar os/as estudantes com os aspetos importantes do trabalho independente nas ICC, tais como: promoção pessoal em ambiente online, organização de eventos artísticos e a investigação artística;
  • Promover a mudança social, a responsabilidade e a inovação baseadas na criatividade;
  • Convencer os profissionais de A&H da importância global do trabalho de equipa sob a coordenação de profissionais/especialistas em negócios e economia (B&E) que também são formados em atividades e projetos de ICC.
Metodologias de ensino

Ao considerar as estratégias/metodologias de ensino-aprendizagem, a abordagem principal desta unidade curricular é a aprendizagem experiencial. Nesse sentido, esta unidade curricular utiliza diferentes métodos de ensino, aprendizagem e avaliação, de acordo com as necessidades dos/as estudantes e os objetivos de aprendizagem. As metodologias de ensino foram projetadas para impulsionar o trabalho autónomo, sem deixar de respeitar a diversidade e as necessidades dos/as estudantes, o que viabiliza o surgimento de caminhos de aprendizagem flexíveis.

Este curso visa promover um ambiente de aprendizagem ativo, comprovadamente eficaz no desenvolvimento de competências cognitivas de alto nível. Por estarem envolvidos/as num processo de aprendizagem ativo e participativo, potenciado pela integração das tecnologias digitais, os/as estudantes intervêm diretamente na construção do conhecimento, questionando-a e cocriando-a. Ao contrário das abordagens convencionais, geralmente passivas e unidirecionais, os/as estudantes tornam-se o centro do processo de aprendizagem e o/a docente assume o papel de mediador/a.

Resultados de aprendizagem

Ao concluírem o curso, os/as estudantes devem ser capazes de:

  • Interpretar as principais características da economia das ICC, os desafios que estas indústrias enfrentam (tecnológicos, legais, económicos, entre outros), e as políticas adotadas para enfrentar esses desafios;
  • Desenvolver modelos para empreendimentos de negócios criativos, nos quais se poderão incluir o planeamento estratégico para iniciativas de empreendedorismo, métodos inovadores para geração de fundos, a gestão de stakeholders e desenvolvimento de parcerias, estruturas de governança de empreendimentos criativos, etc.;
  • Identificar novas oportunidades no âmbito dos problemas sociais e de negócios e desenvolver soluções de negócio, ao mesmo tempo em que se asseguram fontes de receita que contribuam para a sua sustentabilidade financeira;
  • Trabalhar em equipas interdisciplinares de ICC; e
  • Criar eventos artísticos (exposições, workshops, promoções, etc.) e campanhas de promoção online.

 

Além disso, o curso incentiva a implementação do European Entrepreneurship Competence Framework (EntreComp)[1]. As competências são apresentadas por área, havendo referência caso sejam melhoradas (quando são efetivamente desenvolvidas no âmbito dos conteúdos previstos para a unidade curricular) e/ou avaliadas (quando passíveis de serem objeto de avaliação); e referência às duas unidades de conteúdo propostas no âmbito desta unidade curricular – Unidade 1: Compreender o Empreendedorismo nas ICC; e Unidade 2: Prática Empreendedora - Conceção de um projeto empresarial nas ICC – que são detalhados na secção IV deste programa.

 

[1] http://europa.eu/!kR69Tb

Conteúdos do curso

Os conteúdos do curso referem-se, principalmente, às seguintes considerações e fundamentos acerca das ICC:

  • A compreensão e entendimento mútuos entre a criatividade artística e a economia/gestão, para a fiabilidade e viabilidade económica do produto/projeto nas ICC, é imprescindível. Profissionais com ambos os tipos de perfis precisam de estar cientes da necessidade de desenvolver e empregar competências para o trabalho em equipa e para a cooperação;
  • O desenvolvimento do processo criativo é diferente da sua transferência para terceiros, portanto, cada participante do curso é obrigado a frequentar uma disciplina empresarial (para ver se pode ser implementada na forma de diagramas específicos para cada disciplina artística);
  • A principal característica da economia criativa é a transformação do valor artístico em valor económico; assim, todas as caraterísticas que valorizam um produto artístico terão que ser rentabilizadas economicamente (no sentido de gerar negócios): singularidade, não padronização como impossibilidade de reprodução, processo tecnológico, reconhecimento, direitos autorais, etc.; ou seja, a compreensão do produto artístico em relação ao mercado é fundamental;
  • A criatividade deve ser a principal ferramenta e competência para trabalhar nas ICC. Geralmente percebida como uma habilidade natural, a criatividade individual usada no trabalho em equipa é capaz de acelerar o ritmo evolutivo das ideias, quando usada no trabalho baseado em projetos. No desenvolvimento de projetos para as ICC, qualquer tipo de criatividade pode ser um diferencial de valor agregado num mercado competitivo – pensar fora da caixa, evitar clichês, adaptação permanente às realidades contemporâneas, independente da sua natureza (cultural, económica, tecnológica);
  • Numa equipa de projeto nas ICC, todos os membros são/devem ser criativos, embora apenas aqueles com formação artística (A&H) sejam criadores, do ponto de vista das competências profissionais em tecnologia de transposição artística. Os criadores são motivados pelo contexto cultural e criativo contemporâneo, pela exposição mediática do produto final dos projetos e, obviamente, pelos benefícios económicos das atividades das ICC. A fiabilidade, a viabilidade económica e o sucesso potencial do produto da equipa nas ICC podem ser garantidos ou avaliados positivamente apenas por meio da experiência económica e de gestão fornecida pelos membros da equipa com antecedentes no campo da economia. Definitivamente, o contexto cultural deve ser avaliado constantemente em conjunto com a equipa, tanto por artistas, quanto por especialistas em economia/gestão das ICC. No seio das equipas, é preciso, também, ter um certo nível de compreensão – o acesso a outra subjetividade/criatividade artística versus viabilidade económica – e deve-se procurar sempre um equilíbrio para o desenvolvimento duradouro do projeto;
  • Os principais stakeholders Orientais geralmente definem políticas culturais influenciadas pela latência, protocronismo e tradicionalismo reacionário. No entanto, existem algumas exceções: instituições culturais que são financiadas através de projetos de competição das ICC, stakeholders privados com visões contemporâneas sobre as ICC, galerias jovens, centros culturais/artísticos, galerias independentes, empresas privadas/organizações culturais não governamentais, autoridades locais interessadas em novas visões culturais para suas cidades/regiões. Os stakeholders das políticas culturais são convencionais (dirigidas pelo Estado, institucionalmente ou financiadas) ou alternativos (galerias jovens/independentes, escritórios de arquitetura/design privados, festivais culturais independentes, media, galerias, cinema, design, multimédia, etc.);
  • O Teste da Realidade – mesmo antes da pandemia, era óbvio que o financiamento das ICC está cada vez mais ligado a alguns grandes temas: melhoria da qualidade de vida, (especialmente no ambiente urbano), ecologia, reciclagem, envolvimento na geração de soluções para os problemas sociais, preservação e restauração do património cultural. Arte pela arte não é mais uma opção de financiamento público. A exposição nos media é essencial para qualquer atividade/projeto nas ICC, através de plataformas sociais, da World Wide Web, de publicações online, etc.;
  • Envolvimento em atividades sociais de educação, como oficinas criativas e educação criativa para jovens. Mesmo num ambiente tecnológico, são opções económicas de valor que agregam a criatividade, a originalidade e a criação artística inserida no processo produtivo e no produto final;
  • A capacidade das ICC contemporâneas, para rentabilizar as suas atividades, depende das estratégias de B&E;
  • Tanto os membros das equipas de A&H como de B&E das ICC devem manter um elevado nível de interesse nas tecnologias digitais para a transposição 3D e 2D ao considerarem a produção de artefatos. Além disso, quando estão envolvidos serviços das ICC viáveis, ideias de trabalho e aplicações, o apoio digital é essencial - Internet, plataformas sociais, sites dedicados e interativos, etc.;
  • A importância global das imagens (material fotográfico e clipes de vídeo) publicadas nas redes sociais e na Internet para divulgar e validar os conceitos, ideias de trabalho ou a totalidade dos projetos, é essencial para a elaboração de estatísticas. Os profissionais de B&E necessitam de formação e perícia em relações públicas digitais e estratégias de comunicação para apoiar os criadores de A&H na promoção das suas atividades criativas, modelos, trabalhos em curso sobre conceitos e transposição de artefatos. A qualidade imagística do material documentado das ICC pode fazer a diferença durante a difusão na Internet e nas plataformas sociais e pode melhorar o processo de validação pública.

 

Os conteúdos do curso estão divididos em duas grandes unidades temáticas, com objetivos de aprendizagem e resultados de aprendizagem específicos.

Unidade 1 Objetivo de aprendizagem e Resultado

Unidade 1: Compreender o Empreendedorismo nas ICC

Objetivo específico de aprendizagem:

- Permitir que os/as estudantes compreendam a ligação das ICC com os outros sectores da economia, o seu potencial de inovação e inovação social, concentrando-se simultaneamente nas abordagens de trabalho inovadoras, participativas e interdisciplinares relevantes nas ICC

Resultados de aprendizagem específicos:

Além dos objetivos gerais do curso, a Unidade 1 permitirá aos/às estudantes:

  • Analisar as ICC e a sua posição na sociedade e na economia;
  • Diferenciar e selecionar os tipos de projetos das ICC;
  • Reconhecer as questões éticas e de propriedade intelectual relacionadas com o trabalho e com os produtos das ICC;
  • Analisar os principais aspetos do empreendedorismo e da modelização empresarial nas ICC;
  • Distinguir os diferentes papéis nas equipas e canais de comunicação das ICC.
Unidade 2 Objetivo de aprendizagem e Resultado

Unidade 2: Prática empreendedora – Conceção de um projeto empresarial nas ICC

Objetivo específico de aprendizagem:

- Aprimorar a compreensão dos/as estudantes sobre o processo empreendedor, desde a geração de ideias até o desenvolvimento de conceitos e a criação de um negócio nas ICC, enquanto se concentram na cooperação, cocriação e interdisciplinaridade.

Resultados de aprendizagem específicos:

Além dos objetivos gerais do curso, a Unidade 2 permitirá aos/às estudantes:

  • Gerar e/ou identificar uma ideia de negócio nas ICC;
  • Distinguir os relacionamentos existentes entre os vários componentes de negócios e seu ambiente;
  • Selecionar os recursos materiais, não materiais e digitais relevantes necessários para transformar ideias em ação;
  • Promover as atividades, produtos e projetos das ICC através de canais de comunicação gratuitos (custos e uso);
  • Colaborar para desenvolver ideias de negócios para as ICC, em particular com artistas e profissionais da cultura.
Lista geral de leituras
  • The Museum of Broken Relationships – Modern Love in 203 everyday objects, by Olinka Vištica and Dražen Grubišić, ed. by Weidenfeld & Nicolson, 2017, Great Britain, ISBN (hardback) 978 1 4746 0549 6.
  • Luc Long & Mark Dion, Carnet de fouilles & Lab Book, ed. by Actes Sud & Musée Departamental  Arles Antique / Luc Long, Carnet de fouilles, Sous la direction de David Djaoui, Actes Sud & Musée Departamental  Arles Antique.
  • David Usborne, Foreword by Thomas Heatherwick, Objectivity, Thames & Hudson, London, UK, 2010.
  • Jonathan D. Lippincott, Large Scale – Fabricating Sculpture in the 1960s and 1970s, Princeton Architectural Press, New York, 2012.
  • Douglas Gunn, Roy Luckett & Josh Sims, Vintage Menswear – A Collection from The Vintage Showroom, 2017, Laurence King Publishing Ltd, London, UK.
  • Douglas Gunn & Roy Luckett, The Vintage Showroom – An Archive of Menswear, 2015, Laurence King Publishing Ltd, London, UK.
  • Contributors, Author Collective,  60.  /  Innovators shaping our creative future, Thames & Hudson Ltd,  2009, London, UK
  • Neil Spiller & Nic Clear, Educating Architects: How tomorrow's practitioners will learn today, Thames & Hudson,  London, UK, 2014
  • Tristan Manco, Big Art Small Art, Thames & Hudson, London, UK, 2014
  • Rian Hughes, Ideas can be Dangerous, ed. by Fiell
  • Inna Alesina, Ellen Lupton, Exploring Materials – Creative Design for Everyday Objects, Princeton Architectural Press, New York, Maryland Institute College of Art, Baltimore,  New York, 2010.
  • Klanten, Robert, Schulze, Floyd, SARAH ILLENBERGER, published by Gestalten, Berlin, 2011, ISBN 978-3-89955-385-7.
  • Llewellyn, Nigel, Williamson, Beth, + contributors,  THE LONDON ART SCHOOLS: REFORMING THE ART WORLD, 1960 TO NOW, Tate Publishing, 2015, ISBN 978 1 84976 296 0.
  • McLellan, Todd, THINGS COME APART – A Teardown manual for modern living, ed. by Thames & Hudson, London, 2013, ISBN 978-0-500-51676-8.
  • Mia, Mini Miss, Yip, Penter, BAG DESIGN – A handbook for accessories designers, ed. by Fashionary International Ltd., 2016, ISBN 978-988-77108-0-6.
  • Müller, Bernard, Snoep, Jacomijn Nanette, VOUDOU/VOODOO – The Arbogast Collection, ed. by Éditions Loco/Marc Arbogast, Strasbourg, 2013, ISBN 978-2-919507-16-0.
  • Sudjic, Deyan, THE LANGUAGE OF THINGS – Understanding the world of desirable objects, ed. by W. W. Norton & Company, New York, 2009, ISBN 978-0-393-07081-1.
  • Abisuga-Oyekunle, O. A. & Fillis, I. R. (2017), The role of handicraft micro-enterprises as a catalyst for youth employment. Creative Industries Journal, 10:1, 59-74, DOI: 10.1080/17510694.2016.1247628
  • Aquino, E., Phillips, R., and Sung, H. (2012). Tourism, culture, and the creative industries: Reviving distressed neighbourhoods with arts-based community tourism. Tourism, Culture & Communication, 12(1), 5–18.
  • Bakas, F.E., Duxbury, N. & De Castro, V.T. (2018). ‘Creative tourism: Catalysing artisan entrepreneur networks in rural Portugal.’ International Journal of Entrepreneurial Behaviour & Research 24 (4), pp.731-752, https://doi.org/10.1108/IJEBR-03-2018-0177.
  • Banaji, S., Burn, A. & Buckingham, D. (2010). The rhetorics of creativity: a literature review. Creativity, Culture & Education.
  • Belfiore, E. (2002). Art as a means of alleviating social exclusion: does it really work? A critique of instrumental cultural policies and social impact in the UK. International Journal of Cultural Policy, 8(1), pp. 91-106.
  • Bessant, J. & Tidd, J. (2015). Innovation and entrepreneurship (3rd ed). Wiley
  • Burry, Mark & Burry, Jane, Prototyping for Architects, Thames & Hudson Ltd., London, 2016
  • ClydeBan Business (2016). Business Plan QuickStart Guide: The Simplified Beginner’s Guide to Writing a Business Plan. ClydeBan Media
  • Colette, H. (2009). Women and the creative industries: exploring the popular appeal. Creative Industries Journal, 2:2, 143-160, DOI: 10.1386/cij.2.2.143/1
  • De Beukelaer, C. & O’Connor, J. (2017). The Creative Economy and the Development Agenda: The Use and Abuse of ‘Fast Policy’. In Polly Stupples & Katerina Teaiwa (eds.), Contemporary Perspectives on Art and International Development (pp. 27-47). Routledge.
  • Duxbury, N., Albino, S., & Carvalho, C. (orgs.) (2021), Creative Tourism: Cultural Resources, Entrepreneurship and Engaging Creative Travellers [forthcoming]. CAB International.
  • Duxbury, N. & Bakas, F.E. (2020). "Creative Tourism: A Humanistic Paradigm in Practice". In Shaping a humanistic perspective for the tourism industry, edited by Ernestina Giudici; Maria
  • Della Lucia; Daniela Pettinao. Book II, chapter 7,Italy: Routledge.
  • Finch, B. (2013). How to Write a Business Plan. Kogan Page
  • Flew, T. (2012). The Creative Industries. Culture and Policy. Sage.
  • Florida, R. (2002). The rise of the creative class... and how it’s transforming work, leisure, community and everyday life. Basic Books
  • Gouvea, R., Kapelianis, D., Montoya, M-J. R. & Vora, G. (2020). The creative economy, innovation and entrepreneurship: an empirical examination, Creative Industries Journal, DOI: 10.1080/17510694.2020.1744215
  • Kerrigan, S., McIntyre, P., Fulton, J. & Meany, M. (2020). The systemic relationship between creative failure and creative success in the creative industries, Creative Industries Journal, 13:1, 2-16, DOI: 10.1080/17510694.2019.1624134
  • Lee-Ross, D. & Lashley, C. (2009). Entrepreneurship and Small Business Management in the Hospitality Industry. Elsevier
  • Noyes E., Allen, I. E. & Parise, S. (2012). Innovation and entrepreneurial behaviour in the Popular Music industry. Creative Industries Journal, 5:1-2, 139-150, DOI: 10.1386/cij.5.1-2.139_1
  • Osterwalder, A. & Pigneur, Y. (2010). Business Model Generation: A Handbook for Visionaries, Game Changers, and Challengers. John Wiley & Sons
  • Richards, G. (2020). Designing creative places: The role of creative tourism. Annals of Tourism Research, 85.
  • Richards, G. (2010). Increasing the attractiveness of places through cultural resources. Tourism, Culture & Communication, 10, 47–58.
  • Cerneviciute, Jurate & Strazdas, Rolandas. (2018). Teamwork management in Creative industries: factors influencing productivity. Entrepreneurship and Sustainability Issues. 6. 503-516
  • Dümcke, C (2015). New Business Models in the Cultural and Creative Sectors (CCSs).
    European Expert Network on Culture
  • Koleva, P. (2021), Cross-sectoral cooperation and innovation within Creative and Cultural Industries – practices, opportunities and policies within the area of the Northern Dimension Partnership on Culture, Northern Dimension Partnership on Culture (NDPC)

 

BG

  • Министерство на културата на Република България (2019), Стратегия за развитие на българскиата култура (2019-2029), Проект
  • Кабаков, И. (2004), Мениджмънт и правна инфраструктура на културата, София: Сиела, ISBN 9549064298
  • Кабаков, И. (2017), Интегрирано управление на културата, София: УИ „Св. Клиемтн Охридски“, ISBN 9789540743127
  • Колева, П.Г. (2013), Иновационните практики като фактор за стратегическо развитие на организации в сектор „Култура“, София: Интеркултута Консулт
  • Стоянов, И. (2018), Място на творческите индустрии в областните стратегии за развитие — проблеми и възможности, Велико Търново: ВТУ „Св.Св. Кирил и Методйй“, Годишник на департамент „Администрация и управление”, т. 3
  • Борисова, В. (2017), Бизнес с интелектуална собственост в творческите индустрии, София:УНСС, ISBN 9786192320034
  • Наръчник „Ролята на местните власти за насърчаване на креативните индустрии“ (2016), София: Фондация „Каузи“
  • Проект „Дигитална култура за регионално сближаване“, https://www.digital-culture.eu/bg
  • Дракър, П. (2010), Практика на мениджмънта, София: Класика и стил, ISBN 9549964167
  • Дракър, П. (2002), Ефективното управление, София: Класика и стил, ISBN 9549964167
  • Ламиман, Ж. (2003). Успешната иновация, София: Класика и стил
  • Бърд, Д (2012), Директен и дигитален маркетинг на здравия разум, София: Locus, ISBN 9789547831841
  • Тотева, М (2019), Функции на дигитализацията при комуникация 4.0, Сп. „Реторика и комуникации“, брой 39
  • Тодоров, П., (2008), Промени в пазара на електронните медии в условията на цифровизация, електронно издание „Медии и обществени комуникации“, бр. 1, декември

 

PT

  • AICEP (2020). Guia de apoio às Indústrias Culturais e Criativas [brief information on the available finantial programmes and support mechanisms]. Available at: https://portugalglobal.pt/PT/ComprarPortugal/Fileiras/industrias-culturais-criativas/Paginas/industrias-culturais-criativas.aspx
  • Amaral, N. (2019). Impacto: como comunicar em público. Arena Editora
  • Carvalho, J. M. (2016). Inovação e Empreendedorismo (2ª ed). Vida económica
  • Duxbury, N., Fortuna, C., Bandeirinha, J. A. & Peixoto, P. (2012). Em torno da cidade criativa. Revista Crítica de Ciências Sociais, 99, pp. 5-8
  • Faustino, P. (2014). Indústrias Criativas, Media e Clusters. Media XXI. ISBN: 9789897290572
  • Fundação Serralves (2008). Estudo Macroeconómico para o desenvolvimento de um Cluster de Indústrias Criativas na região do Norte. Porto: Fundação Serralves.
  • Mateus, A. (Coord.) (2010). O Sector cultural e Criativo em Portugal. Estudo para o Ministério da Cultura. Augusto Mateus & Associados.
  • Mateus, A. (Coord.) (2013). A cultura e a criatividade na internacionalização da economia portuguesa. Estudo para o Gabinete de Estratégia, Planeamento e Avaliação Culturais da Secretaria de Estado da Cultura. Augusto Mateus & Associados.
  • Quintela, P. & Ferreira, C. (2018). Indústrias culturais e criativas em Portugal: um balanço crítico de uma nova ‘agenda’ para as políticas públicas no início deste milénio. Revista Todas as Artes, 1(1), pp. 89-111, DOI: 10.21747/21843805/tav1n1a6
  • Saraiva, J. M. (2015). Empreendedorismo. Do conceito à aplicação, da ideia ao negócio, da tecnologia ao valor (3ª ed). Imprensa da Universidade
  • Sarkar, S. (2014). Empreendedorismo e Inovação (3ª ed). Escolar Editora.

 

SR

  • Milena Dragićević Šešić, Sanjin Dragojević (2005). Menadžment umetnosti u turbulentnim okolnostima. ISBN: 953-222-282-0
  • Dragićević-Šešić, M. (2012) Ethical dilemmas in cultural policies: conceptualising new managerial practices in new democracies. Zbornik radova Fakulteta dramskih umetnosti, str. 69-94
  • Dimitrije Vujadinović (2005). Umetnost i autosko pravo. ISBN: 978-86-84159-25-9

 

GR

  • Κορρές, Γ., (2015). Επιχειρηματικότητα και ανάπτυξη. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/693
  • Κόκκινου, Α., 2015. Ευρωπαϊκές επιχειρήσεις και καινοτομική επιχειρηματικότητα. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/1331 
  • Λαλούμης, Δ., (2015). Διοίκηση ανθρώπινου δυναμικού τουριστικών επιχειρήσεων. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/5295
  • Λαλούμης, Δ., (2015). Διοίκηση τουριστικών επιχειρήσεων. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/5283
  • Παιτσίνης Κώστα, Γ., Υφαντίδου, Γ., 2015. Η ανάπτυξη του αθλητικού τουρισμού. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/4256
  • ΤΣΩΛΗΣ, Δ., (2016). Προστασία και Διαχείριση της Πνευματικής Ιδιοκτησίας Ψηφιακού Περιεχομένου στο Διαδίκτυο και τα Σύγχρονα Δίκτυα. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/6482
  • Δημούλας, Χ., (2015). Τεχνολογίες συγγραφής και διαχείρισης πολυμέσων. [ηλεκτρ. βιβλ.] Αθήνα:Σύνδεσμος Ελληνικών Ακαδημαϊκών Βιβλιοθηκών. Διαθέσιμο στο: http://hdl.handle.net/11419/4343

Units

Unidade 1 Temas:

  • T1.1: Criatividade, Inovação e Colaboração Transsetorial. Propriedade Intelectual.
  • T1.2: Empreendedorismo, Gestão e Liderança nas ICC.

Este tema introduz as especificidades de uma área de atividade económica em rápido desenvolvimento que fomenta o crescimento económico, a criação de emprego e as receitas de exportação, ao mesmo tempo que promove a inclusão social, a diversidade cultural e o desenvolvimento humano, especialmente a nível local e regional. É dada atenção à interpretação das ICC como setores interdisciplinares com elevado potencial de absorção de conhecimentos que, no entanto, prosperam com os recursos e património locais.

A ênfase é colocada na discussão do que é inovação em termos das ICC e quais os membros da equipa que são os motores da criatividade e inovação num projeto de ICC. Além disso, são apresentados e discutidos tipos de equipas para diferentes áreas das ICC (produção de filmes, jogos, produção de eventos, etc.).

Serão discutidos diferentes tipos de projetos das ICC, com o esforço de fazer uma distinção entre os papéis artísticos, técnicos e de gestão nesses projetos.

Dentro deste tema, fornecem-se informações sobre questões relacionadas com a propriedade intelectual nas ICC. Por sua vez, estas são abordadas através de exemplos relacionados com desenhos, direitos de autor e direitos relacionados com os direitos de autor (para artistas intérpretes, produtores e organismos de radiodifusão).

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

 

O tema discute os conceitos de empreendedorismo, gestão e liderança no contexto das ICC. Os principais elementos de planeamento, organização, pessoal, liderança e controlo devem ser revistos e considerados com exemplos práticos. A ênfase é colocada na gestão das equipas no que respeita à cocriação e cooperação entre profissionais com formação artística e não artística, sendo ainda consideradas a gestão de conflitos e a gestão da mudança. Serão igualmente consideradas informações sobre os modelos empresariais, os canais de comunicação e cooperação que são específicos para as ICC. 

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

Unidade 2 Temas::

  • T2.1: Projetar um negócio para as ICC: preparar um plano de negócios e um pitch.
  • T2.2: A criação de valor: valorização económica, de mercado e cultural de produtos e serviços nas ICC.
  • T2.3: Mercado, concorrência, consumo e branding nas ICC.

 

Este tema apresenta o conceito de plano de negócios como um roteiro que sistematiza a criação de um novo negócio, detalha os objetivos operacionais e financeiros desse negócio, ao mesmo tempo que determina a viabilidade de uma ideia de negócio e orienta a tomada de decisões. Dada a relevância do plano de negócios na abertura de uma empresa, que é fundamental para o sucesso de um empreendimento em qualquer ramo de atividade, inclusive nas ICC, é dada especial atenção ao conteúdo/principais seções do plano de negócios: produtos e serviços (proposta de valor, atividades-chave, recursos), gestão e controlo, parcerias, análise de mercado, estratégia de marketing e planeamento financeiro (receitas e custos previstos, necessidades de financiamento). Técnicas de comunicação relevantes em contextos de negócios e a discussão da importância de lançar uma ideia de negócio também são abordadas. Dicas relevantes e orientação/mentoria específica sobre como preparar e realizar um pitch para investidores em potencial são apresentados aos/às estudantes.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

Este tema aborda os desafios contemporâneos de uma abordagem orientada para o valor do design de produtos e serviços nas ICC. São apresentados fundamentos teóricos relacionados com a criação de valor – os conteúdos específicos deste tema contribuem para uma melhor compreensão das diferenças entre o valor cultural e o valor económico como medidas socialmente construídas. É explorado um paradigma baseado no mercado e no valor económico, tendo em consideração os sistemas de procura, preços e predisposição para pagar no contexto específico do comportamento do mercado no âmbito das ICC. Do ponto de vista de uma perspetiva de negócios, os/as estudantes são orientados/as para uma justificação mais eficiente do seus projetos ou para redesenho de produtos ou serviços, tendo em conta a oferta e a procura no mercado das ICC.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

Pretende-se com este tema promover uma discussão acerca da relevância do desenvolvimento de estratégias competitivas eficazes no contexto de negócios das ICC. Tópicos pertinentes como a definição de mercados-alvo, aquisição de clientes e a comunicação da proposta de negócios como um meio de estabelecer uma vantagem competitiva de um negócio em relação aos concorrentes, são abordados. Os/as estudantes também são incentivados/as a discutir e refletir sobre a construção de um portfólio de clientes e sobre a concorrência nas ICC, em conjunto com os seus pontos fortes e fracos, tornando-se capazes de delinear estratégias de marketing e vendas específicas e impactantes. É apresentada uma visão geral da gestão de marcas, fundamentada em valores tangíveis e intangíveis da marca, e na aplicação de estratégias de marca às ICC, impulsionada por tecnologias emergentes e estratégias de comunicação, como contar o storytelling. É colocada especial ênfase no potencial do marketing digital para alcançar um mercado global de uma forma mais económica e mensurável, na construção de uma comunicação bidirecional com os públicos das ICC e na promoção da notoriedade da marca.

  • N.º de horas: 3 de contacto (presenciais), 3 estudo autónomo.

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